segunda-feira, 16 de abril de 2018

172 LÁGRIMAS

172
LÁGRIMAS
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei.” — Jesus. (MATEUS, capítulo 11, versículo 28.)
Ninguém como Cristo espalhou na Terra tanta alegria e fortaleza de ânimo.
Reconhecendo isso, muitos discípulos amontoam argumentos contra a lágrima
e abominam as expressões de sofrimento.
O Paraíso já estaria na Terra se ninguém tivesse razões para chorar.
Considerando assim, Jesus, que era o Mestre da confiança e do otimismo,
chamava ao seu coração todos os que estivessem cansados e oprimidos sob o
peso de desenganos terrestres.
Não amaldiçoou os tristes: convocou-os à consolação.
Muita gente acredita na lágrima sintoma de fraqueza espiritual. No entanto,
Maria soluçou no Calvário; Pedro lastimou-se, depois da negação; Paulo
mergulhou-se em pranto às portas de Damasco; os primeiros cristãos choraram
nos circos de martírio... mas, nenhum deles derramou lágrimas sem esperança.
Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e anunciaram a Boa
Nova da Redenção, padeceram e morreram leais na confiança suprema.
O cansaço experimentado por amor ao Cristo converte-se em fortaleza, as
cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformam-se em laços divinos de
salvação.
Caracterizam-se as lágrimas através de origens específicas. Quando
nascem da dor sincera e construtiva, são filtros de redenção e vida; no entanto,
se procedem do desespero, são venenos mortais.

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