quarta-feira, 11 de abril de 2018

167 NA ORAÇÃO

167
NA ORAÇÃO
“Senhor, ensina-nos a orar... — (LUCAS, capítulo 11, versículo 1.)
A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita
em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários
cursos da fé.
Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.
Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.
Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.
Os tristes pedem a solidão com ociosidade.
Os desesperados suplicam a morte.
Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão
à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma,
buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta
digna.
Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de
sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas
descabidas e as lágrimas inaceitáveis.
Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no
íntimo da alma contemplada pelo Senhor.
Cessam as rogativas ruidosas. Acalmam-se os desejos tumultuários.
Converte-se a oração em trabalho edificante. O discípulo nada reclama. E o
Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias,
alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.
O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso.
Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me. E ele ergueu-se e seguiu.

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