domingo, 8 de abril de 2018

164 NÃO PERTURBEIS

164
NÃO PERTURBEIS
“Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” — Jesus.
(MATEUS, capítulo 19, versículo 6.)
A palavra divina não se refere apenas aos casos do coração. Os laços
afetivos caracterizam-se por alicerces sagrados e os compromissos conjugais
ou domésticos sempre atendem a superiores desígnios. O homem não
ludibriará os impositivos da lei, abusando de facilidades materiais para lisonjear
os sentidos. Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos, desorganizará a
própria existência. Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre,
corrigindo e restaurando...
A advertência de Jesus, porém, apresenta para nós significação mais
vasta.
“Não separeis o que Deus ajuntou” corresponde também ao “não
perturbeis o que Deus harmonizou”.
Ninguém alegue desconhecimento do propósito divino, O dever, por mais
duro, constitui sempre a Vontade do Senhor. E a consciência, sentinela vigilante
do Eterno, a menos que esteja o homem dormindo no nível do bruto,
permanece apta a discernir o que constitui “obrigação” e o que representa
“fuga”.
O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas,
ajustando-as para o bem comum.
Quem desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposição.
Quem lesa o Pai, algema o próprio “eu” aos resultados de sua ação infeliz e,
por vezes, gasta séculos, desatando grilhões...
Na atualidade terrestre, esmagadora percentagem dos homens constitui-se
de milhões em serviço reparador, depois de haverem separado o que Deus
ajuntou, perturbando, com o mal, o que a Providência estabelecera para o bem.
Prestigiemos as organizações do Justo Juiz que a noção do dever
identifica para nós em todos os quadros do mundo. Ás vezes, é possível
perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas seremos invariavelmente forçados a
repará-las com suor e lágrimas.

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