domingo, 11 de fevereiro de 2018

124 – Francisco Cândido Xavier 112 COMO LÁZARO

124 – Francisco Cândido Xavier112
COMO LÁZARO
“E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com
faixas e o seu rosto envolto num lenço. Disse­lhes Jesus:
Desligai­o e deixai­o ir.”
(JOÃO, 11: 44)O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos
os trabalhadores da Terra.
Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que
“trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica do verbo
recomeçar.
Lázaro não podia ser feliz tão­só por revestir­se novamente da carne
perecível, mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com
valores novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o espírito alcança do Mestre
Divino a oportunidade de regressar à Terra, ei­lo desenfaixado dos laços vigorosos...
exonerado da angústia, do remorso, do medo... A sensação do túmulo de impressões
em que se encontrava, era venda forte a cobrir­lhe o rosto...
Jesus, compadecido, exclamou para o mundo:
— Desligai­o, deixai­o ir.
Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza.
Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o
desligamento dos laços criminosos com o pretérito, deixando­o encaminhar­se, de
novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos de seu
destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez.

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