sexta-feira, 17 de novembro de 2017

44 – Francisco Cândido Xavier 32 NUVENS


44 – Francisco Cândido Xavier
32
NUVENS
“E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu
amado Filho, a ele ouvi.”
(LUCAS, 9: 35)
O homem, quase sempre, tem a mente absorvida na contemplação das
nuvens que lhe surgem no horizonte.
São nuvens de contrariedades, de projetos frustrados, de esperanças
desfeitas.
Por vezes, desespera­se envenenando as fontes da própria vida. Desejaria,
invariavelmente, um céu azul a distância, um Sol brilhante no dia e luminosas
estrelas que lhe embelezassem a noite. No entanto, aparece a nuvem e a
perplexidade o toma, de súbito.
Conta­nos o Evangelho a formosa história de uma nuvem.
Encontravam­se os discípulos deslumbrados com a visão de Jesus
transfigurado, tendo junto de si Moisés e Elias, aureolados de intensa luz.
Eis, porém, que uma grande sombra comparece. Não mais distinguem o
maravilhoso quadro. Todavia, do manto de névoa espessa, clama a voz poderosa da
revelação divina: “Este é o meu amado Filho, a ele ouvi!”
Manifestava­se a palavra do Céu, na sombra temporária.
A existência terrestre, efetivamente, impõe angústias inquietantes e aflições
amargosas. É conveniente, contudo, que as criaturas guardem serenidade e
confiança, nos momentos difíceis.
As penas e os dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos
profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala
sempre através deles.  

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