quarta-feira, 8 de novembro de 2017

36 – Francisco Cândido Xavier 24 O TESOURO ENFERRUJADO


36 – Francisco Cândido Xavier
24
O TESOURO ENFERRUJADO
“O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram.”
(TIAGO, 5: 3)
Os sentimentos do homem, nas suas próprias idéias apaixonadas, se
dirigidos para o bem, produziriam sempre, em conseqüência, os mais substanciosos
frutos para a obra de Deus. Em quase toda parte, porém, desenvolvem­se ao
contrário, impedindo a concretização dos propósitos divinos, com respeito à
redenção das criaturas.
De modo geral, vemos o amor interpretado tão­somente à conta de emoção
transitória dos sentidos materiais, a beneficência produzindo perturbação entre
dezenas de pessoas para atender a três ou quatro doentes, a fé organizando guerras
sectárias, o zelo sagrado da existência criando egoísmo fulminante.
Aqui, o perdão fala de dificuldades para expressar­se; ali, a humildade pede
a admiração dos outros.
Todos os sentimentos que nos foram conferidos por Deus são sagrados.
Constituem o ouro e a prata de nossa herança, mas como assevera o apóstolo,
deixamos que as dádivas se enferrujassem, no transcurso do tempo.
Faz­se necessário trabalhemos, afanosamente, por eliminar a “ferrugem”
que nos atacou os tesouros do espírito. Para isso, é indispensável compreendamos no
Evangelho a história da renúncia perfeita e do perdão sem obstáculos, a fim de que
estejamos caminhando, verdadeiramente, ao encontro do Cristo.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário